Servo de Deus Alessandro Toé
Servos de Deus Camilianos
Desde pequeno Alessandro ficou fascinado pelo sacerdote que celebrou o batismo de seu último irmão e, frequentemente, imitava os gestos que aquele fazia na celebração. Assim, desde pequeno, se viu encantado pelo Mistério e desejoso de participar das celebrações litúrgicas. Devido ao trabalho do pai, que era transferido diversas vezes junto com a família, Alessandro não consegue fazer a preparação para receber os sacramentos na sua infância e adolescência. Então, aos 18 anos, em 1985, recebe a primeira comunhão e, no ano seguinte, a crisma. Neste período conhece os camilianos, frequenta um ano de espiritualidade e decide entrar na Ordem como postulante.
Após a primeira profissão, em 8 de setembro de 1991, é enviado à Itália para prosseguir os estudos e para curar uma forte hepatite que havia sido diagnosticada. Na Pontifícia Universidade Lateranense realiza uma brilhante carreira universitária e finaliza seus estudos em 1994. Em 16 de outubro de 1995, confiando a sua vida religiosa à Santa Giuseppina Vannini, emite os seus votos perpétuos na Igreja della Maddalena, em Roma. Em janeiro de 1995, é ordenado diácono pelo Monsenhor Brambilla e, em julho do mesmo ano, em sua terra de origem, sacerdote. Os amigos de Alessandro contam que ele tinha muita pressa em se tornar sacerdote, que queria realizar tantas coisas, doar-se aos outros, compartilhar a sua fé e, sobretudo, estar próximo e servir aos seus em Burkina Faso, na África.
Infelizmente, a doença de Alessandro progride e este sabe da sua gravidade, assim como seu provável fim. Ele tenta todas as formas de tratamento possíveis, desde medicamentos a terapias experimentais. Entretanto, a sua enfermidade evoluiu para um câncer, o qual não era visto como um castigo, mas como doce oferta a Deus. Prova disso é que o jovem sacerdote não pedia em suas orações a cura, mas que fosse feita, sempre, a vontade de Deus, o qual sabia de todas as coisas e, se permitia a doença, possuía maiores planos para a sua vida. Alessandro, em suas orações, nunca pedia para si mesmo, mas para os outros, para as nações, para os pobres, doentes, e todos que se confiavam às suas preces.
Exatamente 15 dias antes da sua morte, em 24 de novembro de 1996, Alessandro confiou a um coirmão que, para ele, “A vida não é um fim em si mesma, mas um meio como todas as outras coisas recebidas para viver o nosso relacionamento com Deus. Portanto, não importa que ela seja longa ou curta, o que importa é como ela é vivida, se em bem ou em mal. No dia do juízo final, o Senhor não nos pedirá se vivemos pouco ou muito, pedirá se neste tempo o amamos! Sim, amar! Amar Deus e os irmãos!”.

A celebração da Santa Missa era um momento do dia fundamental para o Padre Alessandro. Seu quarto se tornou como que um santuário, recebia frequentes visitas que rezavam com ele. No dia da Imaculada pediu às irmãs do Hospital das Filhas de São Camilo, onde tinha sido hospitalizado por alguns dias, para celebrar a Santa Missa. Após receber a Unção dos Enfermos, em 9 de dezembro, o Padre Alessandro faleceu. Este jovem camiliano retornou à casa do Pai com 17 meses de sacerdócio e 29 anos de vida. Certamente, viveu este tempo com intensidade e profundo amor à Ordem e à Igreja. Que sua história nos inspire na vivência da nossa vocação e prática do Carisma da misericórdia para com os que sofrem.
Rezemos a oração ao Servo de Deus Alessandro ToéÓ Pai, te agradecemos os dons que nos deste no teu servo Alessandro Toé, discípulo apaixonado do teu amado Filho e de São Camilo de Lellis; seguindo o seu exemplo, concede-nos estar disponíveis para sermos moldados pelo teu Santo Espírito de amor e, se for de acordo com a tua vontade, concede-nos a graça que te pedimos por sua intercessão (... ), Vós, que com o Filho e o Espírito Santo viveis e reinais para sempre.
Amém