"Libertar a Igreja do clericalismo, para que todos os seus membros, tanto sacerdotes como leigos, possam cumprir a missão comum". Esta é uma das solicitações contidas no Documento de trabalho para a Etapa Continental do Sínodo sobre a Sinodalidade, intitulado "Alarga o espaço da tua tenda (Is 54,2)", apresentado esta quinta-feira, 27 de outubro, na Sala de Imprensa da Santa Sé.
No texto, que manifesta o desejo de se ter "sacerdotes mais bem formados, melhor acompanhados e menos isolados", o clericalismo é visto "como uma forma de empobrecimento espiritual, uma privação dos verdadeiros bens do ministério ordenado e uma cultura que isola o clero e prejudica os leigos".
"Esta cultura separa da experiência viva de Deus e prejudica as relações fraternas, produzindo rigidez, apego ao poder num sentido legalista e um exercício da autoridade que é mais poder do que serviço", lê-se no documento, no qual especifica que "o clericalismo pode ser uma tentação tanto para os clérigos quanto para os leigos", como aponta a síntese da República Centro-Africana:
"Alguns párocos se comportam como dispensadores de ordens, impondo sua vontade sem ouvir ninguém. Os cristãos leigos não se sentem como membros do Povo de Deus".
"Iniciativas que são demasiado clericalistas devem ser estigmatizadas. Alguns agentes pastorais, clérigos e leigos, às vezes preferem cercar-se daqueles que compartilham suas opiniões e se afastam daqueles cujas convicções são hostis e em desacordo com eles", acrescenta o resumo da Igreja centro-africana.
Fonte: Vatican News
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